O que todo pai deve saber sobre o cyberbullying

Tudo começou quando um grupo de colegas de classe da Sarah criou uma conta falsa no Instagram sob o nome "SarahFeia" e começou a postar comentários maldosos sobre sua aparência. As postagens rapidamente ganharam tração, com mais e mais alunos se juntando e deixando mensagens de ódio.

No início, Sarah tentou ignorar os comentários e disse a si mesma que eles não eram verdadeiros. Mas à medida que as mensagens continuavam a chegar, ela começou a se sentir sobrecarregada e envergonhada de sua aparência. Ela parou de postar nas redes sociais completamente e começou a evitar seus colegas na escola.

Então as coisas pioraram ainda mais. Os valentões começaram a enviar mensagens ameaçadoras para ela através de aplicativos de mensagens anônimas, dizendo para ela se matar e que ninguém gostava dela.

O caso de Sarah pode ser fictício, mas a realidade do cyberbullying é muito real. Quase metade dos adolescentes dos EUA já experimentaram pelo menos uma forma de bullying ou assédio online. Vamos dar uma olhada mais de perto no que é o cyberbullying e o que você pode fazer para proteger seu filho disso.

O cyberbullying é o uso da tecnologia para assediar, envergonhar ou intimidar alguém. Pode assumir várias formas, incluindo o envio de mensagens maldosas ou ameaças, espalhar rumores ou publicar fotos ou vídeos embaraçosos. O cyberbullying pode ocorrer nas redes sociais, por mensagem de texto ou e-mail, ou através de plataformas de jogos online. As razões mais comuns para ser vítima de bullying incluem aparência física, raça/etnia, gênero, deficiência, religião, orientação sexual.

Como é diferente do bullying tradicional?

• Anonimato: O cyberbullying pode ser feito de forma anônima, o que facilita para o agressor evitar consequências. Isso pode fazer a vítima se sentir impotente.
• Permanência: O conteúdo online é frequentemente permanente e pode ser facilmente compartilhado, o que significa que os incidentes de cyberbullying podem ter um impacto duradouro na vida da vítima.
• Alcance: O cyberbullying pode atingir um público muito maior do que o bullying tradicional, o que pode aumentar o dano e a humilhação experimentados pela vítima.
• Acessibilidade: O cyberbullying pode ocorrer a qualquer momento e de qualquer local, o que significa que as vítimas podem sentir que não têm escapatória do bullying.
• Gravidade: O cyberbullying pode ser ainda mais prejudicial do que o bullying tradicional, pois pode envolver uma ampla gama de comportamentos abusivos, como compartilhar fotos humilhantes, espalhar rumores falsos e fazer ameaças.

Um estudo de 2018 do Pew Research Center descobriu que 60% dos adolescentes dos EUA que foram vítimas de cyberbullying conheciam seu agressor. Geralmente, esses são outros colegas de classe. Mas como a Internet permite o anonimato, alguns cyberbullies escolhem aleatoriamente suas vítimas, sem conhecê-las na vida real.

Aqui estão algumas razões potenciais pelas quais alguém pode se tornar um cyberbully:

• Falta de empatia: Cyberbullies podem não ter empatia por suas vítimas e podem não considerar as consequências de suas ações.
• Desejo por poder: Alguns cyberbullies podem buscar obter poder ou controle sobre os outros ao se envolverem em comportamentos de bullying.
• Tédio: O cyberbullying às vezes pode ser resultado do tédio ou do desejo por atenção.
• Pressão dos pares: Cyberbullies podem sentir pressão de seus pares para se envolver em comportamentos de bullying como uma forma de se encaixar ou ser aceito.
• Questões pessoais: Cyberbullies podem ter passado por traumas ou questões pessoais, como uma vida doméstica difícil, o que pode contribuir para seu comportamento.

O cyberbullying pode ter efeitos graves na saúde mental e no bem-estar das crianças. Pode levar à ansiedade, depressão e até mesmo ao suicídio.

Como pai, é importante estar ciente dos sinais de que seu filho pode estar sofrendo cyberbullying. Esses sinais podem incluir:

• Evitar ou ser relutante em usar a Internet ou redes sociais
• Tornar-se retraído ou mal-humorado
• Ficar ansioso ou deprimido
• Mudanças nos padrões de alimentação ou sono
• Estar mais secreto do que o habitual
• Ficar chateado ou irritado após usar a Internet ou redes sociais
• Mudanças no desempenho acadêmico

Se você notar algum desses sinais em seu filho, é importante agir para lidar com a situação. Aqui estão algumas dicas do que você pode fazer se seu filho estiver sofrendo cyberbullying:

Mantenha a calma e ofereça apoio
Se você suspeitar que seu filho está sofrendo cyberbullying, é importante permanecer calmo e oferecer seu apoio. Deixe seu filho saber que pode conversar com você sobre o que está acontecendo e que você está lá para ajudá-lo - e não culpe ou critique seu filho por qualquer coisa que possa ter levado ao cyberbullying.

Colete evidências
Se você suspeitar que seu filho está sofrendo cyberbullying, tente coletar o máximo de evidências possível. Isso pode incluir capturas de tela de mensagens ou postagens, e-mails ou outras formas de comunicação. Certifique-se de datar e marcar a hora das evidências para que possam ser usadas posteriormente, se necessário.

Denuncie o cyberbullying
Denuncie o cyberbullying às autoridades apropriadas ou à plataforma online. A maioria das plataformas de mídia social possui um recurso de denúncia que permite denunciar bullying ou assédio. Se o bullying for grave ou ameaçador, você também pode querer envolver a polícia.

Bloqueie o cyberbully
Incentive seu filho a bloquear o cyberbully de suas contas de redes sociais e aplicativos de mensagens. Isso impedirá que o agressor entre em contato com seu filho e pode até mesmo interromper o cyberbullying.

Procure ajuda profissional
Se seu filho estiver sofrendo de ansiedade ou depressão grave como resultado do cyberbullying, pode ser necessário procurar ajuda profissional. Um conselheiro ou terapeuta pode ajudar seu filho a lidar com seus sentimentos e desenvolver estratégias de enfrentamento.

1. Fale com seu filho sobre cyberbullying
O primeiro passo para prevenir o cyberbullying é falar com seu filho sobre isso. Explique o que é o cyberbullying e por que é importante estar ciente disso. Certifique-se de que seu filho saiba que pode recorrer a você se for vítima de cyberbullying. Incentive a comunicação aberta para que seu filho se sinta à vontade para falar com você sobre suas experiências online.

2. Ensine seu filho a responder ao cyberbullying
É importante ensinar seu filho a responder ao cyberbullying. Certifique-se de que eles saibam que nunca devem responder a um cyberbully, pois isso pode agravar a situação. Incentive seu filho a salvar qualquer evidência de cyberbullying, como capturas de tela ou mensagens de texto, para que você possa tomar as medidas apropriadas.

3. Estabeleça regras para o uso da internet e das redes sociais
Estabelecer regras para o uso de mídia digital de seu filho pode ajudar a prevenir o cyberbullying. Limite o tempo que seu filho passa online e certifique-se de que eles não estão usando redes sociais ou aplicativos de mensagens durante o horário escolar. Explique a eles por que é importante usar Ohana para monitorar os aplicativos e sites que seu filho está usando. Também estabeleça diretrizes sobre o que eles podem e não podem fazer online.

4. Não confie apenas na Ohana
Embora a Ohana possa ser uma ferramenta útil na prevenção do cyberbullying, ela não substitui um relacionamento de confiança, comunicação aberta e educação sobre comportamento online responsável. Ao trabalharem juntos, pais e filhos podem ajudar a prevenir o cyberbullying e criar um ambiente online mais seguro.

Leia mais:
Como Proteger as Crianças Contra o Cyberbullying, New York Times
Estratégias de Parentalidade e Comportamentos de Cyberbullying em Adolescentes, Artigo de Pesquisa